O projeto “Gente da Nossa Terra” tem como propósito primordial promover o reconhecimento local, regional, nacional e internacional, na vertente histórica e/ou artística, de personalidades marcantes, sublinhando os seus percursos, carreiras e influências.
Após as edições dedicadas a Carlos Garcia e Jaime Zuzarte Cortesão, desta vez “Ti António Taboeira” é a figura em destaque, com enfoque no legado, inspiração e interpretação das suas expressões artísticas, nomeadamente na música, etnografia, ofícios e cultura em geral.
O percurso de António Taboeira pela música tradicional portuguesa, particularmente ligado à etnografia da região, levou-o a experimentar vários instrumentos e também a ser acompanhado por intérpretes de outros mais, produzindo sonoridades diversas, decorrentes, por um lado, das influências melódicas, dos arranjos musicais e das inspirações de raiz cultural, bem como, por outro lado, dos recursos técnicos e materiais disponíveis no meio envolvente.
Revela-se, assim, pertinente, para uma contextualização mais alargada, poder conhecer um pouco mais sobre a história e construção de vários instrumentos da chamada música tradicional nesta sessão teórico-prática dirigida por Manuel Ribeiro e com a participação de Teotónio Guímaro e Rui Curto.
Manuel Ribeiro nasceu no Escoural, aldeia de Entre Pinhais, é engenheiro de profissão, amador da guitarra portuguesa e estudioso teórico e prático da sua construção, tendo já concebido dezenas de instrumentos. Tem a ambição de um dia passear pela escrita.
Teotónio Guímaro, natural de Arazede (Montemor-o-Velho) é apaixonado desde 8 anos pela música, dedicando-se a tocar e também a afinar instrumentos desde tenra idade, por influência do seu pai que exercia essa mesma profissão. Atualmente, já a gozar do seu período de reforma laboral, dedica-se a tempo inteiro à afinação de acordeãos, concertinas, entre outros organetos e instrumentos tradicionais de foles, procurando passar o gosto por esta arte para o seu neto.
Rui Curto começou a sua vida na música como auto didata, estudou etnografia e trabalhou como nomes marcantes dos estudos etnomusicológicos como Michael Giacometti e Fernando Lopes Graça. Aprendeu concertina no Minho com o mesmo mestre de Quim Barreiros e pertenceu ao Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra - GEFAC) entre 1969 e 1980. Em 1978, já tinha entrado entretanto para uma das suas grandes paixões: A Brigada Victor Jara.
ENTRADA LIVRE
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