Miguel Morgado nasceu em 1972, em Ade, concelho de Almeida.
O contacto com a natureza, na infância, sensibilizou-o para a multiplicidade de formas de vida que a natureza oferece. Essas vivências serviram como estímulo e deram o mote para se iniciar neste trabalho.
A descoberta de peças ímpares, de madeira, geralmente resíduos de árvores, tombadas na natureza e deixadas ao abandono, fez nascer inspiração a Miguel Morgado, permitindo-lhe “abraçar” a peça de madeira e, com dedicação e arte, transformá-la e dar-lhe uma nova vida.
Miguel Morgado acredita que, praticamente todas as partes da árvore, encontradas na natureza, raízes e troncos, podem ser utilizadas e transformadas em obras diversas, que fazem surgir em cada trabalho uma personalidade única.
A grande dimensão de algumas peças obriga a que, por vezes, os primeiros cortes sejam realizados no local onde os resíduos são encontrados. Ali, surgem logo os primeiros sinais de futuras novas formas: bancos, poltronas, mesas, peças decorativas são imaginadas... De seguida, a arte envolve-se para dar vida ao objeto e, após longas horas de trabalho e descoberta, surge a peça final.
Durante todo o processo criativo, Miguel Morgado valoriza o formato e as texturas naturais que encontra em cada peça de madeira, de forma que as esculturas que nascem desta simbiose, Homem/Natureza, imortalizam alguns dos maiores seres vivos da terra, as árvores.