Momento alto da sessão solene foi, sem dúvida, a entrega da Medalha de Ouro da Cidade a Diamantino Miguéis, Rui Crisóstomo e Jorge Catarino. Aprovada pelo executivo camarário, por unanimidade, e pela Assembleia Municipal, a atribuição da mais alta condecoração da autarquia fundamenta-se no mérito dos serviços prestados ao Município pelos homenageados, na qualidade de presidentes da Câmara Municipal.No seu discurso, Helena Teodósio afirmou que “o ponto a que chegou o processo de desenvolvimento económico e social do concelho é resultado de algumas etapas e vários protagonistas, três dos quais são o Dr. Diamantino Miguéis, o Dr. Rui Crisóstomo e o Dr. Jorge Catarino. Os seus mandatos foram naturalmente distintos em alguns aspetos, não só em função da sua sensibilidade pessoal e política, da sua visão do mundo e do modo como interpretavam o cargo, mas também porque o exerceram em períodos mais ou menos longos e em conjunturas sociais e políticas diferentes, mas de uma coisa eu estou absolutamente segura: independentemente da avaliação que cada um queira fazer dos seus desempenhos e das circunstâncias que os condicionaram, atuaram sempre na defesa dos superiores interesses do concelho com competência, integridade, isenção, propósito de justiça e dedicação à causa pública”, afirmou a autarca.Numa breve alocução Rui Crisóstomo agradeceu à Câmara Municipal, à Assembleia Municipal e particularmente à Dr.ª Helena Teodósio, “a subtil gentileza que teve em honrar-me e distinguir-me com este gesto. Neste momento pergunto a mim próprio, com humildade, como e onde poderia eu continuar a defender e promover o bem público e ajudar a consolidar a liberdade que os nossos heróis de Abril conquistaram”, interrogou-se o ex-autarca, concluindo a dizer que “houve ontem, haverá amanhã, mas hoje é que importa. Com cravos vermelhos e corações rubros vamos a isso, pois não há não há tempo a perder”.Jorge Catarino, por seu lado, afirmou que aquando abraçou o desafio autárquico – porque de um desafio se trata! – não o fez por “estar à espera de vir a receber uma medalha de ouro, mas sim por acreditar que podia concretizar projetos importantes em benefício das populações. Isto não tem preço, não tem preço sentirmos que fomos capazes de mudar a realidade, sentirmos a alma cheia com o que foi possível realizar, e hoje, quando olhamos para trás, posso dizer que não trocava esses oito anos que passei na Câmara Municipal por dinheiro nenhum deste mundo”, declarou o presidente da autarquia cantanhedense de 1997 a 2005, concluindo a dizer que “valeu a pena ter contribuído para a renovação do tecido económico e social da região, pois conseguimos colocar Cantanhede no mapa, em termos de desenvolvimento, de dinâmicas sociais e de inovação”.