A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, mostrou-se indignada com “o crescente e inaceitável esvaziamento” dos serviços do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, recordando que esta unidade de saúde já “teve urgência, maternidade, meios auxiliares de diagnóstico, bloco operatório e consultas de especialidade”. Em síntese, “é um hospital que afinal já teve tudo o que agora consideramos que deve voltar a ter”.“O nosso hospital tem competências, excelentes profissionais e determinação. Permitam-lhe desenvolver todos os seus projetos e ambições”, reclamou a autarca aquando da sua intervenção na sessão solene do Dia do Município.Helena Teodósio explicou, então, que a Câmara de Cantanhede ainda não chegou a acordo com a tutela relativamente ao auto de transferência de competências na área da Saúde.“Aguardamos a resposta à adenda proposta pelo Executivo Municipal, onde mais uma vez reivindicamos o cumprimento do protocolo relativo à consulta aberta e a clarificação dos postos de enfermagem, assim como inventariamos as rubricas que têm valores inferiores aos que entendemos serem os justos e necessários”, complementou, mostrando-se, todavia, otimista quanto ao sucesso das negociações, para que “brevemente possamos proceder à assinatura do auto para bem dos munícipes e da qualidade da saúde no concelho”.Também o presidente da Assembleia Municipal, João Pais de Moura, falou da prestação de cuidados de saúde no concelho, mostrando-se convicto que das negociações entre o Município de Cantanhede e a tutela sairá o acordo para a transferência de competências.João Pais de Moura disse mesmo ter o desejo de ver o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, em Cantanhede, não apenas para formalizar o acordo, mas também para “reinaugurar” a consulta não programada para casos agudos no Hospital Arcebispo João Crisóstomo.A cerimónia contou ainda com as intervenções do secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, dos presidentes de câmara de concelhos geminados com Cantanhede (Rio Maior, Mêda e Cantanhede do Maranhão, no Brasil) e do presidente da CIM Região de Coimbra, Emílio Torrão.