Um combatente pela liberdade e pela democracia, luta essa que viria a determinar a sua prisão, assim como o exílio. Jaime Cortesão, uma das mais insignes figuras da cultura portuguesa de meados do século XX, um proeminente intelectual, político e homem de intervenção cívica, e um grande historiador, deixou uma extensa obra, repartida entre a literatura, a poesia, o conto e o drama, e a história, portuguesa e brasileira. A 30 de Junho de 1980 foi feito grande-oficial da Ordem da Liberdade e a 3 de Julho de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, ambas a título póstumo.Homenagem a uma referência incontornável da literatura portuguesa, “cuja alma de poeta revelava-se em versos de rara beleza, publicando, no círculo do movimento da Renascença Portuguesa, vários livros de poesia, com destaque para “Glória Humilde” (1914) em que aparece o verso emblemático de toda a sua vida: “Eu canto o meu Amor e a minha Terra”. Admirador da criatividade poética do Povo, organizou o “Cancioneiro Popular e Cantigas do Povo” para as escolas. Deu aulas de “História” e “Literatura” gratuitamente nas Universidades Livres e Populares, criadas com o objetivo de garantir a instrução das camadas mais desprotegidas do povo, que organizaram cursos especiais noturnos. Jaime Cortesão, entretanto, abandonara o exercício da medicina para se dedicar exclusivamente ao magistério no Liceu. Manteve o empenho em difundir cultura e saber nos anos em que foi Diretor da Biblioteca Nacional, (1919 -1927), rodeando-se de intelectuais, e em que foi responsável pela revista Seara Nova, que rapidamente se tornou num instrumento de renovação das ideias políticas, artísticas e culturais na sociedade portuguesa. Como historiador, Jaime Cortesão conquistou o respeito e o louvor da comunidade científica, pelo rigor objetivo da investigação, pela interpretação criativa dos factos e documentos e pela elegância da sua expressão verbal. “Fez da investigação histórica a que se dedicou com alma e paixão, uma lição de civismo.”, afirmou Urbano Tavares Rodrigues. Em virtude dos ideais que defendia 1918, situação que se viria a repetir em 1940, nas cadeias de Peniche e no Aljube, facultando aí lições de História aos presos. Posteriormente é expulso para o Brasil (com um passaporte manchado com a vergonhosa designação de “banido”), passando dezassete anos longe do seu país. Regressou definitivamente a Portugal em 1957, continuando a combater pela democracia, tendo visto o seu nome ser indicado para candidato à presidência da República, pela oposição, tendo optado por envolver-se na campanha de Humberto Delgado. No âmbito das medidas preventivas de contágio por Coronavírus (Covid19), que a autarquia tem vindo a adotar, as Comemorações do 46.º Aniversário do 25 de Abril, organizadas pela Assembleia e Câmara Municipal de Cantanhede, não decorrerão em modo presencial. Assim, a Presidente da Câmara Municipal, o Presidente da Assembleia Municipal e o Presidente da Junta de Freguesia, assinalaram, em representação de todo o concelho, a homenagem simbólica a esta referência da luta pela liberdade. Celebra-se com o mesmo espírito, reforçando os gestos simbólicos que nos remetem para a conquista da LIBERDADE, mas em sintonia com todos os cidadãos que estão neste momento ainda sujeitos às regras do confinamento para mitigar a transmissão da pandemia COVID-19. Viva a Liberdade!É PRECISO ACREDITAR.
Um combatente pela liberdade e pela democracia, luta essa que viria a determinar a sua prisão, assim como o exílio. Jaime Cortesão, uma das mais insignes figuras da cultura portuguesa de meados do século XX, um proeminente intelectual, político e homem de intervenção cívica, e um grande historiador, deixou uma extensa obra, repartida entre a literatura, a poesia, o conto e o drama, e a história, portuguesa e brasileira. A 30 de Junho de 1980 foi feito grande-oficial da Ordem da Liberdade e a 3 de Julho de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, ambas a título póstumo.
Homenagem a uma referência incontornável da literatura portuguesa, “cuja alma de poeta revelava-se em versos de rara beleza, publicando, no círculo do movimento da Renascença Portuguesa, vários livros de poesia, com destaque para “Glória Humilde” (1914) em que aparece o verso emblemático de toda a sua vida: “Eu canto o meu Amor e a minha Terra”.
Admirador da criatividade poética do Povo, organizou o “Cancioneiro Popular e Cantigas do Povo” para as escolas. Deu aulas de “História” e “Literatura” gratuitamente nas Universidades Livres e Populares, criadas com o objetivo de garantir a instrução das camadas mais desprotegidas do povo, que organizaram cursos especiais noturnos. Jaime Cortesão, entretanto, abandonara o exercício da medicina para se dedicar exclusivamente ao magistério no Liceu. Manteve o empenho em difundir cultura e saber nos anos em que foi Diretor da Biblioteca Nacional, (1919 -1927), rodeando-se de intelectuais, e em que foi responsável pela revista Seara Nova, que rapidamente se tornou num instrumento de renovação das ideias políticas, artísticas e culturais na sociedade portuguesa. Como historiador, Jaime Cortesão conquistou o respeito e o louvor da comunidade científica, pelo rigor objetivo da investigação, pela interpretação criativa dos factos e documentos e pela elegância da sua expressão verbal. “Fez da investigação histórica a que se dedicou com alma e paixão, uma lição de civismo.”, afirmou Urbano Tavares Rodrigues.
Em virtude dos ideais que defendia 1918, situação que se viria a repetir em 1940, nas cadeias de Peniche e no Aljube, facultando aí lições de História aos presos. Posteriormente é expulso para o Brasil (com um passaporte manchado com a vergonhosa designação de “banido”), passando dezassete anos longe do seu país. Regressou definitivamente a Portugal em 1957, continuando a combater pela democracia, tendo visto o seu nome ser indicado para candidato à presidência da República, pela oposição, tendo optado por envolver-se na campanha de Humberto Delgado.
No âmbito das medidas preventivas de contágio por Coronavírus (Covid19), que a autarquia tem vindo a adotar, as Comemorações do 46.º Aniversário do 25 de Abril, organizadas pela Assembleia e Câmara Municipal de Cantanhede, não decorrerão em modo presencial. Assim, a Presidente da Câmara Municipal, o Presidente da Assembleia Municipal e o Presidente da Junta de Freguesia, assinalaram, em representação de todo o concelho, a homenagem simbólica a esta referência da luta pela liberdade. Celebra-se com o mesmo espírito, reforçando os gestos simbólicos que nos remetem para a conquista da LIBERDADE, mas em sintonia com todos os cidadãos que estão neste momento ainda sujeitos às regras do confinamento para mitigar a transmissão da pandemia COVID-19.
Viva a Liberdade!
É PRECISO ACREDITAR.