A última atualização da evolução da pandemia de Covid-19 no concelho de Cantanhede, datada de 12 de novembro, refere que são 106 os casos de infetados ativos, 285 os recuperados e 12 os óbitos do total acumulado desde o início da crise. Estes dados foram fornecidos à autarquia pela Delegada de Saúde, Rosa Monteiro, ontem, 11 de novembro, tendo sido objeto de uma análise detalhada sobre a situação em cada freguesia durante a reunião de hoje da Comissão Municipal de Proteção Civil, cuja ação neste âmbito tem passado pela monitorização rigorosa da evolução epidemiológica, bem como pela coordenação das medidas tendentes a reforçar a prevenção face ao aumento de novos casos e à possibilidade de inclusão na lista de concelhos de elevado risco de contágio.No início da reunião, a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, elogiou “o permanente acompanhamento da situação epidemiológica efetuado pela Comissão Municipal de Proteção Civil e o envolvimento ativo de todas as entidades e agentes de proteção civil que a constituem”, tendo adiantado que “o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, ativo desde declaração do estado de calamidade ativo, em 3 de maio, vai manter-se assim pelo menos até ao final do estado de emergência, ou seja, 23 de novembro”.Entretanto, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, telefonou à líder do executivo camarário cantanhedense para lhe transmitir, em nome do primeiro-ministro, que o Município de Cantanhede vai integrar a lista de concelhos com risco elevado de contágio. Perante este novo dado, Helena Teodósio refere que “aguarda instruções do Governo” e sublinha “a necessidade de se acentuar a sensibilização junto da população para o cumprimento das recomendações da Direção-Geral da Saúde, nomeadamente no que às medidas preventivas que constam nos planos de contingência, de forma a reduzir o risco de contágio por coronavírus. Pela sua parte, a Câmara Municipal vai intensificar a sua ação nesse domínio, em articulação com todas as entidades que possam trazer alguma mais valia nesse processo”, garante.Na reunião de hoje da Comissão Municipal de Proteção Civil interveio também o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Baixo Mondego, José Luís Biscaia, que manifestou “preocupação face à crescente propagação da Covid-19, que se fica a dever, fundamentalmente, à realização de convívios familiares em que não são cumpridas as regras básicas de higiene e proteção para evitar o contágio”.Célia Simões, vereadora da autarquia cantanhedense referiu que “o aumento de novos positivos é acompanhado de um número ainda maior de pedidos de auxilio por parte das pessoas e famílias que se encontram em confinamento obrigatório e/ou profilático determinado pela Autoridade de Saúde”. A responsável pelo pelouro da Saúde e Ação Social afirmou ainda “que os serviços municipais reforçaram as equipas que prestam o apoio referido, pelo que todas os munícipes e famílias que se encontrem nesta situação e ou em outra situação de fragilidade social devem contactar os serviços pela linha direta de Ação Social e Saúde (tlf.) 231249043”. Aidil Machado, presidente da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça e representante das juntas de freguesia do concelho declarou que “todos os presidentes de junta se encontram disponíveis e atentos para colaborar na minimização das carências e das dificuldades identificadas”.Por seu lado, a Capitão Lígia Santos, Comandante do Destacamento Territorial da GNR em Cantanhede, reiterou a “necessidade de reforçar a fiscalização e sensibilização da população para as situações de risco”, manifestando “disponibilidade para incrementar e avaliar as situações pontuais de eventual incumprimento identificadas”.