Ministro do Ambiente recebeu Helena Teodósio e Raúl Almeida com a ETAR das Cochadas na agenda

Os presidentes das câmaras municipais de Cantanhede e Mira foram no dia 1 de junho a Lisboa reunir com o Ministro do Ambiente, a quem voltaram a manifestar a sua “profunda inquietação sobre o incompreensível impasse a que chegou a construção da ETAR das Cochadas”, na freguesia da Tocha, “infraestrutura indispensável para resolver a acentuada sobrecarga a que está sujeito o “Intercetor Sul” da Águas do Centro Litoral (AdCL) e ultrapassar a inevitabilidade de descargas de efluentes que têm causado impactos ambientais bastante graves”

Acompanharam Helena Teodósio e Raúl Almeida nesta diligência junto de Matos Fernandes o vice-presidente da autarquia cantanhedense, Pedro Cardoso, e Jorge Brito, secretário executivo da CIM-Região de Coimbra, cujo Conselho Intermunicipal, a pedido da líder do executivo camarário cantanhedense, havia transmitido ao Ministro do Ambiente a sua insatisfação relativamente ao sucessivo adiamento da construção da nova ETAR das Cochadas que a Águas do Centro Litoral (AdCL) já deveria ter resolvido, uma vez que a situação atual está a causar “impactos ambientais de elevada expressão para o território da Região de Coimbra”.

O arrastar do processo é a maior preocupação de Helena Teodósio e Raúl Almeida, “uma vez que já passou demasiado tempo desde que a tutela deu luz verde para o início da construção e, mesmo que esta seja iniciada de imediato, a ETAR não estará a funcionar a curto prazo. Ou seja, temos como certo que os municípios de Cantanhede e Mira vão ter de conviver com um problema ambiental grave durante mais um período, um problema que de resto não foi suficientemente minimizado com as medidas mitigadoras empreendidas na sequência dos estudos realizados”, sublinham os autarcas, dizendo “ser necessário avançar com mais ações dessa natureza enquanto a obra não é concluída”.

Para isso, Helena Teodósio e Raúl Almeida solicitaram a Matos Fernandes "o apoio financeiro do Governo para que outras medidas mitigadoras sejam adotadas, no sentido de diluir o impacto ambiental das inevitáveis descargas de efluentes quando o sistema da AdCL está sujeito a maior pressão”.

Na reunião ficou estabelecido que vão ser avaliados os caminhos de mitigação de impactos bem como eventuais medidas dessa NATUREZA a serem implementadas até à conclusão da obra. 

Ficou ainda estabelecida a realização de reuniões técnicas entre os municípios envolvidos, a CIM Região de Coimbra, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Águas do Centro Litoral (AdCL), com o objetivo de avaliar os eventuais passivos ambientais existentes e estratégias para minimizar e mitigar os seus efeitos.

Manifestando-se sensível ao problema, o ministro disse estar esperançado de que o concurso para concretização da obra tenha finalmente um desfecho positivo