“A minha presença nesta sessão representa o reconhecimento do Governo em como Cantanhede trata bem a sua gente, trata bem as suas atividades”, afirmou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no encerramento da sessão solene do Feriado Municipal, em 25 de julho. “Há mais de 15 anos que este este município passou a estar no mapa como a capital da biotecnologia, sendo já hoje uma referência nacional e internacional nesse domínio, disse a governante, enfatizando o facto de, durante toda a fase mais crítica da pandemia, terem sido as empresas de biotecnologia do Biocant Park as primeiras a dizer presente, o que deve encher de orgulho e respeito cada cantanhedense”. Ana Abrunhosa manifestou ainda a abertura do Governo para “apoiar a região em novos projetos”, nomeadamente no que se refere à “construção da nova maternidade de Coimbra e do aeroporto, cuja concretização depende do entendimento dos líderes locais quanto à localização, pois sem isso a ajuda governamental não pode avançar”.Numa cerimónia que primou pelo escrupuloso cumprimento das normas instituídas pelas autoridades de saúde no âmbito do combate à Covid-19, designadamente o controlo de entradas sujeito a medição da temperatura, desinfeção das mãos, e uso obrigatório de máscara, a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, começou a sua intervenção a manifestar “particular regozijo por a ministra da Coesão Territorial ter acedido ao convite para participar numa celebração que se pretende muito mais que um ritual institucional de circunstância”.Com um significado centrado do feriado municipal, a autarca atribuiu-lhe um alcance que comporta a componente histórica e cultural inerente às afinidades que estimulam a adesão dos cidadãos a um desígnio comum e “uma dimensão prospetiva sobre o futuro desta comunidade que inclui, obviamente, todos aqueles que aqui nasceram e que mesmo vivendo fora, no país ou no estrangeiro, onde quer que estejam, mantêm uma forte ligação afetiva às suas raízes, às nossas raízes”.Helena Teodósio aludiu também à evocação de duas importantes efemérides, designadamente “o centenário do nascimento de Carlos de Oliveira, proeminente autor de língua portuguesa que viveu a infância e parte da juventude no concelho de Cantanhede, que aliás é o território preferencial de algumas das suas mais inspiradas narrativas, e o 30.º aniversário da elevação de Cantanhede a cidade, acontecimento que, indiscutivelmente, marcou o início de um novo ciclo no processo de afirmação do potencial económico e social do concelho”. Noutro passo da sua alocução, a líder do executivo camarário disse não se conformar com “a enorme dificuldade das pessoas em acederem a cuidados de saúde de qualidade e em tempo útil”, sublinhando que “os serviços de saúde estão claramente subdimensionados e não dão respostas minimamente satisfatórias às necessidades das pessoas, não obstante o tremendo esforço e a enorme dedicação dos profissionais de saúde para suprirem as insuficiências”.A este propósito, a autarca recordou que “Câmara e a Assembleia Municipal aprovaram recentemente por unanimidade a proposta para a realização de uma petição, contra o encerramento da consulta aberta do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, documento que será enviado oportunamente ao Governo e à Assembleia da República”. Na mesma linha foi o discurso de João Moura, presidente da Assembleia Municipal, que apelou a todos os cantanhedenses para que “subscrevam a petição pública contra o encerramento da consulta aberta, para que não se conformem com esta situação”, exigindo “um comportamento sério por parte das autoridades de Saúde relativamente ao protocolo celebrado com o Município de Cantanhede em 2007, com base no qual o Governo de então encerrou a urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo com a condição de manter a consulta aberta a funcionar”.