Encíclica do Papa Francisco perpetuada no Parque Urbano de São Mateus

O Parque Urbano de S. Mateus, em Cantanhede, foi o local escolhido para a instalação do memorial Laudato Si, encíclica do Papa Francisco na qual o sumo pontífice critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global para combater a degradação social e ambiental.

A iniciativa da Comissão Diocesana Justiça e Paz, subscritora da plataforma Laudato Si, decorreu esta quarta-feira, 17 de setembro, e consistiu no descerramento da placa alusiva que passa a identificar o espaço em homenagem ao Papa Francisco e na plantação de um carvalho.

A escolha do Parque Urbano de S. Mateus não foi ao acaso: trata-se de um espaço verde no coração da cidade, que convoca para o encontro e reflexão e que alerta também para a importância do compromisso de todos com a sustentabilidade ambiental e para o reforço da consciência ecológica, no sentido lato do termo.

A sessão contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, do bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, do presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra, Manuel Castelo Branco, que destacaram nas respetivas intervenções a pertinência da reflexão do Papa Francisco na encíclica Laudato Si.

A este propósito, o bispo de Coimbra lembrou que “vivemos um momento histórico, marcado por guerras, atrocidades e ameaças ao ambiente” e, por isso, “os maiores problemas que a Humanidade enfrenta não são económicos e financeiros”. “O que de melhor e pior existe no mundo começa dentro de nós e é no interior que nasce a mudança”, observou, reiterando a necessidade de uma “cultura de espiritualidade”, na qual, como refere o Laudato Si, “o conceito de ecologia integral não tem no centro absoluto a Terra, mas a pessoa humana”.

Já o presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz salientou que “ser cristão tem consequências na nossa vida nos planos económico, político e social” e lembrou a coragem do Papa Francisco que na encíclica refere que “esta economia mata” e que, deste modo, “os cristãos não podem ter medo de afirmar a doutrina social da Igreja”.

Neste momento simbólico marcaram ainda presença o presidente da INOVA-EM e vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, os vereadores Fernando Pais Alves, Célia Simões, Adérito Machado e José Santos, o presidente da Assembleia Municipal, João Moura, além de membros da Assembleia Municipal e autarcas de freguesia.